terça-feira, 27 de setembro de 2005

A Fantastilhosa Estória do Menino que Camiindo pelo Não-Destino

Uma certa vez meu vovozinho me contou uma história que seu avozinho contado-lhe havia. Uma história sobre um menininho, vivo-triste, que um dia a tarde em sua casa estava, devasonhando olhando o céu. Nada de grande valor tinha em sua casa, cama, armário, fogão a lenha, isso é o ele precisava, pensava. Longe estavam seus pais, numa outra cidade tentavam arrumar o que comer. Não os via muito tempo fazia. Amigos poucos tinha, mas sem aulas da escola vê-los não podia. Na verdade há muito tempo outras pessoas não via
Deitado estava admirando o infinito azul, mas num pulo levantou-se quando um objeto do céu cair viu. Correndo foi na direção da mata, aonde o objeto do espaço vindo cairá. Uma clareira então formada foi.
Lá chegando assombrado viu, igual a si mesmo, um menino, feliz-vivo, no lugar. Com a curiosidade de meninice até próximo do outro garoto chegou. Ele sorria um sorriso alvamente claro. Então conversar com ele tentou:
“Oi, tudo bem? Quem você é? Um nome você tem? É qual? Amigo meu se tornar você quer?”.
Mas sem resposta o menino, vivo-triste, ficou. Todavia a vontade não perdera, de conversar com estranho rapaz, sorridente como era boa pessoa ser deveria. Outra vez, um diálogo, iniciar procurou:
“Você é de onde? Estudando estás? Em qual ano?”.
Repete-se então o insólito fato, do silêncio incondicional. Por um momento, o menino, vivo-triste, olhando parado estava, para o feliz-vivo rapaz, e ele apenas sorrindo. Cabelo cortado da mesma maneira, cor da camisa também, até o pé descalço os dois se encontravam. O tempo assim passado havia, e de uma azulada clara tarde o céu começava a puxar o lençol violeta sono. Preocupado com o incerto futuro amigo, vivo-triste fala:
“Caindo a noite o Sol, amarelo-quente, deixa sua dama Lua, prateada-deslumbrante, do céu tomar conta. Preocupados com você seus pais devem ficar, para sua casa ir melhor não seria? Por que para mim responder você não quer? Surdo você é? Bem, para minha casa irei, já que necessária não é minha ajuda aqui! Passar bem e adeus.”
Então para casa o garoto, vivo-triste, começa a caminhar, porém ao olhar para trás vê seu impassível estranho amigo parado, com os brancos dentes a mostra. Coração mole era, e ajudar de verdade quis. Para uma fogueira galhos procurou, em moitas frutas silvestres para comerem colheu, e ao companheiro feliz-vivo voltou.
Fogueiou os ramos achados, pedras em torno colocou, para um incêndio não causar. Para Lua um momento olhou, achava-a linda demais, depois esta admiração ao outro menino frutas ofereceu:
“Pode pegar, bem gostosas são essas frutas. Quer não? A tarde inteira aqui você esteve, com fome um pouco, ou bastante, deveria estar! Frutos talvez não coma, pessoas conheço assim também, mas esfriando começando está, mais perto do fogo chegar seria bom.”.
Como acontecera antes, ficou sem respostas, apenas sorrisos. Cansado, o garoto, vivo-triste, contra o homem-areia na batalha é vencido e assim sendo, ao mundo dos sonhos entra. Uma agradável noite tem, com a tanto tempo não sentia. Com pássaros cantando e o Rei-Astro gentilmente tocando-lhe o rosto, acordou, a fogueira morta, o vento agarrava e levava embora as cinzas e o garoto, feliz-vivo, de pé já estava e com seu sorriso no rosto. Irritado com tanta alegria por parte do menino mudo-calado, o menino bondoso, não tanto assim, começou a esbravejar:
“Muito feliz você se acha né? Nem família deve ter, amigos não deve ficar devendo. Como sorri tanto, nada consegue falar, talvez nem língua tenha. Por que ri assim? Por quê? POR QUÊ?”.
Enquanto gritava, o menino, vivo-triste, cada vez mais aproximando foi do outro garoto. Notou que ele imitando-o estava e berrar outra vez voltou:
“Não fala, não come, não dorme, e me imita. E fica sorrindo. Um pobre coitado, isso é o que você é! Pare de me imitar. Pare de sorrir. PARE COM ISSO!”.
Com um soco tentou atacar o irritante menino impassível-mudo-alegre-faminto, mas estranhamente ele não o imitou, ficou quieto, apenas sorrindo. Durante alguns minutos o menino, vivo-triste, ficou pensando, quando de repente, em seus avoados pensamentos teve um lampejo, e a mão estendeu. O gesto foi retribuído. Então, algo aconteceu dentro do garoto briguento, agora vivo-feliz.

Sidmar de Zagiacomo

Não estou certo, mas pelo que me parece esta história o Sid tinha perdido o original ou algo do tipo. Acabei achando ele no meio dos meus arquivos antigos, e bem, de qualquer forma está aí.

PS: ainda estou devendo umas ilustrações pra ela...

2 comentários:

Dante Sólon disse...

CARAIO! NOSSA! Meu, agora tive mais uma sensação de vórtex de tempo-espaço continium.
Valeu Areke, agora está em casa, de novo! ^_^

Mário Henrique disse...

Ahn.. isso tem no freakies...