sexta-feira, 23 de junho de 2006

Manifesto em Defesa do Verdadeiro Movimento Emo (seja lá o que ele for...)

(Texto escrito em momento meio a uma Tempestade Cerebral. Tenham noção de que autor optou por escrever ao invés de almoçar, fumar ou bater punheta)

Lembre-se dos “punks” que vemos ao ir ao Cervejazul. Dos “góticos” que lotam o Theatro dos Vampiros e o Madame Satã. Ou dos “hippies” que infestam as faculdades. E por que não dos “wiccans” que aparecem no ESP?

Alguns de nós sentem pena do “entre aspas” acima. Outros acham engraçado e tiram sarro deles. Alguns realmente os acha desprezíveis. Poucos os odeiam com todo o âmago do seu ser. Mas todos adoramos falar mal deles.

E por que?

Porque eles pegaram o visual e o que acham que é a idéia principal de um movimento e pura e simplesmente copiaram sem entendê-lo, assim acreditando que fazem parte dos mesmos.

Os “punks” vestem couro e cuturnos e chutam tudo que pertence ao Sistema (seja lá o que isso signifique para eles). Os “góticos” adotam vestimentas vampíricas, são melancólicos e fazem visitas noturnas a cemitérios para beberem vinho barato e transarem. Os “hippies” de faculdade se vestem de maneira brega, fumam maconha e querem transar com todo mundo. E os “wiccans” se veste como alunos de Hogwarts, colecionam títulos de origem duvidosa e querem poder para falar que têm poder.

Todos os exemplos acima são deturpações de movimentos musicais/culturais/sociais. Excluí os clubbers até agora nesse texto porque ao meu ver eles são um movimento puramente sonoro/estético sem nenhuma filosofia profunda por trás disso. Pelo menos são sinceros.

(Sim, existem que existem “n” teorias comparando os clubbers, com sua tatuagens, piecirngs, danças e batidas eletrônicas ao índios, mas meu foco aqui é outro).

Voltando ao assunto, apesar de não provar empiricamente quando alguém se encaixa nessas tribos ou não, temos informações o suficiente para diferenciar os paga-paus de quem é “true”.

Aqui que entra minha teoria: o que nós chamamos de Emo é a deturpação de um movimento que foi assimilado e deturpado tão rapidamente que nem chegamos a conhecer o movimento “original”!

E agora, quem poderá nos esclarecer?

Bem, esse insigth que tive hoje foi fruto de um bate-papo com o Mário em algum lugar da Mooca a mais ou menos 1 mês atrás. Desconfio que o Mário seja um desses “true emo” ou pelo menos possa nos esclarecer algo.

Levanto a bola pra ele agora.

PS: “GAYS? JUDEUS? – elites querendo posar de oprimidos”. Finalmente entendi o Mário...

PS2: Sim, também fiquei preocupado em concordar com o Mário duas vezes no mesmo texto...

4 comentários:

Mário Henrique disse...

Não acho que eu seja um "true emo", mas quer quer saber o que é emo de verdade, vai ler "os sofrimentos do jovem werther", mas acho que isso foge um pouco do movimento emo. O que vemos hoje e se intitula emo não passa de uma massificação, uma reprodução em escala industrial de algo realmente íntimo e pessoal, o romantismo Charlie Brown (oh, menininha ruiva...). Parodiando o Alessio: Acho que agora eu entendo o Adorno. Musicalmente falando, o que a maioria dos Emo ouve não é classificado como emo, mas sim Hardcore Melódico. Isso é claro, tirando My Chemical Romance (que é Sream emo). Porém, a maioria não conhece os oito milhões de bandas semelhantes (e melhores) que existem por aí. Weezer é considerada uma banda emo.

Se for para dizer realmente quem é True Emo, eu escolheria o Gabriel (o blink), a Carol (Cah) e algumas outras pessoas que você não conhece. Porém nenhuma dessas pessoas se considera emo, nem ouvem a mesma coisa que a maioria dos emo ouve. E emo, no sentido de hoje, eles não são realmente. Talvez nunca foram. O que eles são mesmo é underground. Verdadeiramente underground.

Leósias disse...

As vezes eu acerto, hehehehehe...

Anónimo disse...

mas... punks no cerveja azul??? dificil hein!!!

Lesma, o anonimo

Anónimo disse...

mas... punks no cerveja azul??? dificil hein!!!

Lesma, o anonimo