quarta-feira, 14 de junho de 2006

Nada como um banho de realidade...

Enchi a cara com o Lesma ontem. Quer jeito melhor do que esquecer toda essa merda de Dia dos Namorados que bebendo? E bebemos como reis, direto da garrafa, fodam-se os copos. Nós estávamos no topo da cadeia alimentar. Demônios prontos para foder com o mundo.

Levei três socos na cara. Ficamos recitando trechos aleatórios de “Vagabundos Iluminados”. Falamos mal de um monte de gente. Fumei que nem um filho da puta. Uma garota com o namorado ficou me olhando a noite toda (com certeza deu pra ele pensando em mim). Um bando de coroas que estavam lá ficaram ensaiando colar em nós, mas desistiram. Falamos até de futebol, sexo, política e religião.

A uma certa altura veio um cara pedir cigarro e querer saber se a gente curtia cocaína. Imediatamente falamos que não e ele soltou “tem que ver que tudo depende do momento”.

Não aguentei e soltei: “E pra dar o cu? Depende do momento?”. Não houve resposta.

Aí o Lesma mandou ele sair antes que apanhasse e o babaca saiu.

Completamente bêbados e nos achando fodões, saímos pelas ruas da Mooca xingando, cantando, falando o quanto tudo era uma grande merda e coisas do gênero. Então vimos três sacos de lixo enormes e resolvemos praticar um pouco de vandalismo gratuito e desenfreado. Jogamos dois sacos no meio da rua e estouramos o outro a bicudas, espalhando lixo pra todo lado.

O único detalhe BÁSICO que esquecemos é que estávamos em frente a um posto da Guarda Civil Metropolitana. Coisinha mínima.

Resultado: levamos enquadro e fomos obrigados a recolher todo o lixo da rua, com a mão. O pior é que queríamos rir, dado todo o contexto, mas não podíamos.

Soco de realidade mais que merecido.

E fala baixo que eu tô com dor de cabeça.

2 comentários:

alexkoti disse...

Da próxima vez me chama pooooorrraaaaaaaaaa!!! Prometo que tomo uma tequilinha com x-salada.

Unknown disse...

Cara...tô chorando de emoção...como eu tô precisando de uma coisa desse naipe...que foda bichos...

Kerouak é o caralho...cês não valem nada e sabem o imenso valor de se poder não valer nada...

Um beijo.

Saudades...