quinta-feira, 27 de julho de 2006

Fanfic - Parte IV

A confraternização é em um apartamento próximo ao parque, durante o caminho, Dante fala para todos:

- Galera, a casa delas é exatamente em cima da Linha de Ley que passa pelo Parque Trianon e pelo MASP, queria acreditar que é coincidência, mas...

- “Coincidências não existem”. – dizem todos meio que rindo.

Todos entram no prédio, sobem pelo elevador e entram no apartamento. Um pentagrama vermelho pintado no teto, estátuas de bruxas, pôsteres de lobos, uns cinco gatos circulando e uma enorme espada de duas mãos pendurada atrás da porta. Leósias chega próximo a Noname:

- Caralho, cê viu aquela espada? Acho que não devíamos ter dispensado os Ice Knigths. E outra coisa, essa casa era pra emanar energia negativa. O pentagrama mais os gatos estão dando uma amenizada, mas mesmo assim eu consigo sentir. Vamos erguer um Círculo Branco em torno de nós.

- Círculo Branco? – reclama Noname. – Porra, isso é técnica dos Rosa-Cruzes Áurea!

- Eu sei, mas é fácil e rápido de fazer, além de nos proteger dos ataques psíquicos e mentais mais óbvios. Passe para os outros.

Meio contrariado, ele vai falar com o resto do grupo. Então chega para falar com Leósias um rapaz alto, forte, careca, de bigode, cavanhaque e óculos escuros e pergunta:

- Lembro que você falou lá no ESP que lia tarô. Por acaso seu baralho tá aí?

- Tá sim.

- Tem como você ler pra mim?

Leósias pensa um pouco e diz:

- Claro, só vamos para um lugar mais reservado.

Os dois vão para um dos quartos para ler. Começa a tocar “Velhas Virgens” no rádio e garrafas de vinho e whisky são trazidas. No quarto, Leósias senta na cama, abre sua bolsa, tira uma caixa de madeira com uma estrela do caos feita em marchetaria e pega seu baralho. O rapaz parece impressionado ao vê-lo:

- Nossa, que tarô é esse?

- O da Vertigo, foi o capista do Sandman, Dave McKean, quem desenhou as cartas, vários personagens da Vertigo estão aqui: Constantine, Sandman, Tim Hunter...

Mas subitamente a porta se abre e surge Bela com um sorriso no rosto. Ela vê os dois e pergunta:

- Centaurus querido, posso propor um jogo ao nosso amigo?

- Claro! – ele responde sorrindo também.

Leósias estranha a situação e lembra que não teve tempo de erguer o Círculo Branco! Será que os outros lembraram? Ele acende um cigarro para manter o ar de calmo. Bela continua:

- Por que você não lê tarô pro pessoal lá da sala? Quem sabe adivinhe o que está rolando...

O tal de Centaurus era grande. Encará-lo era pedir para apanhar. E não sabia que tipo de poderes Bela tinha. O jeito era entrar no jogo. Calmamente ele estende um lenço com uma estrela do caos estilizada, embaralha as cartas se concentrando, dá uma tragada no cigarro e tira cinco cartas, as colocando em forma de cruz. Então vira uma a uma.

A Lua.

O Demônio.

O Louco.

A Carruagem.

A Torre.

Imediatamente coloca as cartas na caixa e levanta, mas Centaurus o empurra de volta na cama, sorrindo e estralando o dedos:

- Quem disse que vai sair daqui?

Precisava pensar rápido! Estava sentado na cama, com a caixa do tarô nas mãos e o sujeito em pé na sua frente. Imediatamente dá um soco no saco do cara e, no que ele arqueia de dor e surpreso, dá com a caixa na cabeça dele, o desmaiando. A garota sorri:

- Nossa, não esperava que soubesse brigar.

- Não sei brigar, mas a gente improvisa.

Ela começa a se aproximar, com seus olhos brilhantes, belo sorriso e abrindo o vestido:

- Não quer improvisar comigo? Garanto que vai ser bem divertido...

Leósias analisa a situação. Ela era bonita. Tinha um ar gótico: pela clara, longos cabelos negros, gostosa. Parecia boa de cama. Praticamente um fetiche ambulante. Até poderia tirar uma casquinha e depois ver como estavam os outros. Por que não? Bela coloca as mãos no peito dele, dizendo:

- Hum... Por trás dessa magreza aparente parece que temos alguém gostosinho...

Mas ele sai correndo e tranca a porta do quarto por fora. Com o som alto ninguém vai ouvi-la batendo. E a visão da situação na sala confirma as cartas. Todos estão se agarrando, se beijando. Dante está desmaiado em um sofá, provavelmente bêbado. Drafenna, Noname e Camis estão em canto se agarrando. Todos caíram na armadilha! Noname vê Leósias e diz, sorrindo:

- Olha quem tá aí! Ei cara, join us! Join us!

- Join us? – pergunta Leósias, indignado. – Saiam dessa! Fomos pegos! Temos que cair fora daqui!

Mas Camis o abraça pelo pescoço:

- Por que você não relaxa e aproveita?

E ela tasca um beijo em Leósias. Ela não estava pronto para ser atacado por um dos seus. Logo eles acham um espaço em um dos sofás e estão se agarrando também. Todos se entorpecem naquela ambiente de bebidas e luxúria...

2 comentários:

Leósias disse...

Releia, porra!!!

Ele está bêbado, dormindo...

Mário Henrique disse...

Join US!!!!